Política

Governador interino entrega para Deus comando do estado

Em comunicado, Cláudio Castro disse estar com a 'consciência tranquila e totalmente à disposição para colaborar com as investigações'. Foto: Fernando Frazão

O governador em exercício do Rio, Cláudio Castro, lamentou os acontecimentos da manhã desta sexta-feira (28) que tiveram como consequência o afastamento de Wilson Witzel e entregou para Deus o comando do Estado.

Em comunicado, ele disse estar com a 'consciência tranquila e totalmente à disposição para colaborar com as investigações'. Advogado de formação, ele alega 'confiar na Justiça e na garantia ao amplo direito de defesa a todos os envolvidos para que os fatos possam ser devidamente esclarecidos para a sociedade'.

Segundo o governo, Cláudio Castro conduzirá o Estado com transparência e responsabilidade para que a economia e os cidadãos não sejam afetados e reitera a importância do respeito ao cumprimento do devido processo legal, pilar da democracia.

O governador em exercício afirma que 'acredita na missão confiada por Deus e que Ele lhe dará a sabedoria necessária para conduzir o Estado com firmeza, ouvindo a todos que querem o bem do Rio de Janeiro e da população fluminense'.

Castro realizou, ainda nesta sexta-feira (28), sua primeira reunião de trabalho com secretários da área de Segurança Pública, para reforçar a importância das ações de combate à criminalidade no Estado do Rio de Janeiro.

Durante a reunião, no Palácio Guanabara, ele ressaltou que as secretarias de Polícia Civil e de Polícia Militar devem trabalhar integradas para garantir a segurança da população e a redução dos índices de criminalidade.

"O enfrentamento ao crime organizado, com planejamento e inteligência, é a principal diretriz da nossa política de segurança. Vamos continuar trabalhando ainda mais integrados para levar paz à população fluminense. Manteremos os comandos das secretarias, que estão fazendo trabalhos com resultados visíveis", contou.

"Na última terça-feira, por exemplo, a Polícia Civil realizou a maior operação da história, cumprindo mandados de prisão contra 416 autores de roubo, latrocínio e receptação. O Estado do Rio também registrou o menor número de homicídios dolosos em 30 anos. Esse tipo de crime caiu 19% em julho deste ano na comparação com o mesmo mês de 2019", continuou Cláudio Castro. 

Além dos secretários de Polícia Civil, Flávio Marcos Amaral de Brito, de Polícia Militar, coronel Rogério Figueredo, e de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo de Jesus, também participaram da reunião o secretário da Casa Civil, André Moura, o comandante-Geral do Corpo de Bombeiros, coronel Roberto Robadey, e o procurador do Estado, Reinaldo Frederico Afonso Silveira.

Witzel afastado

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deve julgar na próxima quarta-feira (2) se confirma a decisão do ministro Benedito Gonçalves que, nesta sexta (28), afastou do cargo o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

O próprio ministro deve colocar o caso em julgamento durante a próxima sessão da Corte Especial, colegiado do STJ que é composto pelos 15 ministros mais antigos do tribunal e onde são julgados processos envolvendo autoridades com foro por prerrogativa de função.

Witzel foi afastado nesta sexta-feira (28) no âmbito da Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo, que investiga atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro.

Publicada às 16h39. Atualizada às 19h46. Com Agência Brasil.

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